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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

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sábado, 12 de janeiro de 2008

Veleiro ancourado em Martinique - Caribe


Martinique pertence a França, toda infraestutura vem de la. Ruas bem pavimentadas, praças cheia de bancos e linda jardinagem, telefone publico moderno, cabine de banheiro publico em aço e pagavel com moedas, iluminacao publica com lindas luminarias, agencia de turismo cheia de catalogos e muitas informaçoes e riqueza por onde se passa. Há ainda construcoes antigas em madeira, Creoles, que dao um charme as vilas e localidades, mas as construcoes modernas estao tomando lugar e explodindo por todo canto. O setor imobiliario deve estar super feliz. Nos telhados das casas antigas usam um detalhe que deram o nome de rabo de peixe, e continuam usando nas novas construcoes. Muita madeira em detalhes decorativos, trelicas, revestimento de paredes, lambrequins, guarda corpo, janelas e persianas.
Em frente onde estamos ancorados existe um campo de golfe enorme, com muitas palmeiras e gramado extenso.

Ontem visitamos um centrinho comercial em Mitan, caminhamos ate la passando por casas cheias de flores, este e um ponto forte da Ilha. Existem muitos parques jardins para visitar.

E nao e que a tar da Josefina nasceu aqui? O pai dela era dono desta ilha. Curiosidade: “Napoleao enviou uma mensagem a imperatriz Josefina, em que ele dizia que nao tomasse banho ate que ele voltasse para casa no dia seguinte. Lhe fascinava seu perfume natural.” (do livro: O encanto cotidiano)


Em Mitan que e uma praia de Trois Ilets, fiquei maravilhada, muitos turistas bonitos passeando pelas ruas, homens franceses lindos, lojas de roupas bonitas, casas de cosmeticos, cafes, restaurantes, bares, construcoes em madeira toda enfeitadinhas, negros elegantes, bonitos e magros, mulheres magerrimas, muitassss lojas de souvenir e atendentes amigaveis. Isso faz a diferenca, percebi que os moradores da ilha, sao felizes. Ate eu, rsrsrs estou bem feliz por estas bandas. Ha abundancia de tudo que e bom por todo lado. Almocamos em um restaurante em que a comida simples, nada especial, mas a cerveja e o sorvete dez. Na Franca sempre se come com bandejinha de pao e o vinho e servido com uma garrafa de agua. Misturam agua e vinho no copo. A vida na ilha e um mix de Creole e Frances, influenciando em tudo. Deve ser bom viver um tempo na Franca e experimentar a vida elegante e romantica.

The day after! Minhas primeiras lembrancas ao acordar sao do jantar em um restaurante Frances ontem. Comecamos com um copo de champagne e vinho, a noite pedia. Para entrada, profiterole de camarao com mexilhoes e talvez molho de berinjela. Prato principal do Gerry era peixe com legumes e caldo de coco, dentro da casca do coco e arroz, para Claudia pato com pure de banana, figo ralado e pao.(Nao, nada como ser tupiniquim e pedir de entrada camarao e depois pato, rsrrsrs eta mistureba). De acompanhamento a cestinha de paes, estes diferentes e deliciosos. Ja para sobremesa Creme Briole: é um creme quase musse com casca crocante e carameliza com coco queimado por cima. Estava tudo delicioso, toda a comida naquele estilo frances, nada muito, mas super enfeitado e saboroso. O restaurante estava vazio, a temporada de turistas esta acabando e o preco é dos mais caros. A decoracao do restaurante se destaca pelas cores e aberturas que dao o toque especial. Nao se preocupam com piso de primeira ou iluminacao e outros. No Brasil tem que ser tudo absolutamente perfeito, nos minimos detalhes, estou aprendendo que beleza na decoracao é importante, mas gastar pouco e usar materiais mais simples podem dar todo um charme e ficar barato. Desculpem, mas nao posso deixar meu olhar arquiotetonico nao se manifestar. Enfim tivemos uma noite agradabilissima para o nosso sentido do gosto. Provar todas estas delicias e ainda novas para mim é dos programas que mais gosto. Estar em Martinique esta se saindo um prazer a toda prova.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Amazonia Francesa

Deixamos o veleiro ancourado nas águas de Korou e fomos fazer um passeio embrenhando as matas da floresta Amazônica Francesa. Nosso passeio começou esperando Leonel, proprietário do local, vindo nos buscar em seu carro, para nos levar até o ponto de partida para a Floresta. Fica a 38 km de Kourou. Chegando, junto com um grupo de 14 pessoas, todos jovens Franceses, navegamos pelo rio 1:30 hora em uma pirogue, canoa. Com paradas para observação de pássaros, flores, aranhas gigantes que fazem sua teia em cima da água e com direito a uma paradinha para nadar no rio. Margeando a floresta já ficamos encantados com muitos tipos diferentes de árvores e suas colorações, texturas, formas e tamanhos. Estas, de vez em quando se debruçavam sobre o rio, tornando a paisagem mais nteressante.



Depois deste passeio de barco paramos no local, descemos no pier e caminhamos até duas choupanas grandes, uma mais alta, onde dormimos, a 17 metros de altura. Dormimos em redes. Para minha surpresa o caseiro e a cozinheira eram brasileiros, Muitos Brasileiros atravessam a fronteira em busca de melhores salários (euros) e em busca da extração de ouro.

No primeiro dia, fomos fazer uma caminhada de 3 horas dentro da mata. Caminhamos contornando um rio, encontramos um jabuti, várias borboletas azuis fluorescente, duas tarântulas com diâmetro de mais ou menos 20 cm, sapos de diversas cores e diversos tipos de árvores e plantas. Nossa guia é filha de índios e foi nos explicando tudo e mostrando detalles que só mesmo uma conhecedora e amante da naturaza sabe. Nos mostrou uma planta de folhas grandes que os pode ser usada como papel higiênico pois é macia e felpudinha.


A noite antes de dormir, jantamos deliciosas iguarias brasileiras a luz de velas e Leonel nos presenteou tocando violão, zamponha e cantando músicas peruanas. Leonel é uma pessoa interessante com seu jeito especial, só anda descalço, ja o vi na cidade assim, tem cabelos compridos, usa um chapéu de feltro na cabeça, uma bermuda e fuma a verdinha o dia inteiro. Segundo dia, da choupana onde dormimos descemos, com equipamentos de tirolesa por uma corda de aço, para a mata. Uns 100 metros de distância. Fomos de encontro a uma árvore e fizemos rapel nela em 36 metros de altura, ficamos em uma pequena plataforma , umas três horas, observando pássaros, esquilos, pequenos répteis de papo amarelo e a copa das árvores balançarem com o soprar do vento. Foi o ponto culminante do passeio, em particular para nós dois que não tinhamos feito isto antes. Me deu medo mas me senti muito bem fazendo algo que exigiu bastante desprendimento e coragem. Descemos e novamente fizemos tiroleza até a choupana. Almoçamos e voltamos em uma linda tarde, com sol caindo por detras das árvores e a pirogue flutuando em águas espelhadas.

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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Vida no Barco






Morar em um barco é diferente de tudo que já experimentei. Em uma casa você não muda de lugar, mas em um barco sim, a tempo e a hora que desejar e para onde quiser ir. Sempre diferentes vizinhos, se não gosta de um, não se preocupe, pois logo não o verá mais. A rotina não faz parte do roteiro, este é intenso, cheio de novas descobertas. O estilo de vida é muito simples, em lugares de sol usam-se pouca roupa, tomam-se muitos banhos de mar, veleja e rema pelos arredores, faz-se caminhadas pelas montanhas e parques e juntam-se a todos os passeios interessantes que o local oferecer.

A tardinha a bordo é impressindível assistir o por do sol e o nascer da lua no cockpit, tomando uma cervejinha gelada ou um vinhozinho. Ás vezes tem platéia de golfinhos passeando e cardumes de peixinhos pulando na água. De manhã cedo, antes da lua desaparecer, fazer amor agarradinho, bem juntinho, apertadinho.........
Para almoço e jantar comprar peixe fresquinho, preparar no forno ou fritar, nada mais rápido e fácil, mas é importante fazer a social e comer em restaurantes locais. Em horas de descanço sentar na sala, pegar uma xícara de chá, um binóculo e investigar da janela os barcos que estão ancorados. Tipo, o nome do barco, que bandeira carrega, quantas pessoas a bordo, são conhecidos ou não e, no meu caso, se um gatão chegou na parada. É costume tomar banho pelado no deck e para os homens, sempre, fazer xixi fora do barco. rsrsrs Mas se não for tão abelhudo, desviar o olhar para os pássaros. Estes, muitos são cegonhas e Frigate Bird mergulhando em busca de peixes (nas águas do Caribe). As cegonhas gostam de ficar sentadas nas pedras dentro d’água e nos barcos dos pescadores.
Ter uma boa biblioteca é também essêncial. O que seriam daquelas tardes de calor intenso sem um bom livro para ler? A internet com wifi, vieram ajudar bastante na correspondência e trabalho.
Quando estiver em terra, procurar outros navegadores e trocar idéias sobre o próximo porto, onde comprar suprimentos, como estará o tempo para os próximos dias, combinar um churrasquinho na praia e claro fazer novas amizades.
Para não pensar que é só mamata, a rotina do barco envolve muito trabalho, como gerar energia, serviços de mecânica e tantas outras coisas mais, sendo que é melhor aprender a se virar sozinho. Assim é a vida no barco, simples e em contato com a natureza.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

NOVE DIAS ENTRE O CÉU E A ÁGUA

http://www.jornalorebate.com/95/2006239.jpgViagem em um lindo veleiro, 3 pessoas, capitão Gerry, crew Daniel e Cláudia. Ah, desculpe, mais um importante tripulante, Megabyte, The cat, Brasileiro. Saída de Cabedelo no dia 08 de julho e chegada a Guiana Francesa no dia 17 de julho de 2006.
Capitão Gerry, Sul Africano, tem cidadania Inglesa, mora no veleiro a 18 anos e deu a volta ao mundo 2 vezes. Grande experiência no mar.
Cláudia Roberta, Brasileira, 40 anos, primeira vez em alto mar. De mar, apenas o curso de remo por dois anos nas águas da Baía Norte de Florianópolis.

http://www.jornalorebate.com/95/Claudia.jpgDaniel, Alemão, 26 anos, segunda vez em alto mar. Jovem que viaja pelo mundo com pouquíssimo dinheiro, sem destino e gosta do modo de viver dos punks.
Megabyte, The cat, nasceu em Salvador há quatorze anos e de lá veio com Gerry pelos mares sem fim. Muita experência em não se deixar cair em alto mar quando vai pequenos peixinhos voadores que pulam no deck.
Bem vejam só o que eles aprontaram: Cláudia vomitou horrores nos primeiros cinco dias, chegando a perder cinco quilos. Daniel não ficou tão mal assim, mas não queria tomar banho de jeito nenhum, para não gastar água. Tiveram que lhe dar uma mangueirada para tirar o sal do corpo.
Diário de bordo: (Cláudia)
Ilha do Diabo, 19 de julho de 2006.

http://www.jornalorebate.com/95/Daniel.jpgChegamos no domingo a noite e ancoramos em frente a Ilha do Diabo na Guiana Francesa, aquela do filme Papillon. São 3 ilhas, uma ao lado da outra com deslumbrante paisagem. O mar e a vegetação se mesclam na cor verde esmeralda, muitos coqueiros e no céu um azul de inicio de verão. Nossa passagem no mar foi de 9 dias, na linha do Equador, que é um eixo imaginário, o tempo mudou totalmente, não tivemos mais ventos e com isso descemos as velas e navegamos a motor no mar manso com um calor escaldante.

http://www.jornalorebate.com/95/Gerrypegouumpeixao.jpgComo a tradição manda, eu e Daniel comemoramos nossa primeira passagem por esta linha, levando um banho de mangueira e bebendo champagne. Já, o início da viagem foi de ventos fortes, 25 knots aproximadamente, mar revolto, alguns muitos vomitos rsrrss e frio. Estar em alto mar é algo indescritível, as noites pareciam ser mais estreladas, a lua nos acompanhou com seu lindo brilho refletindo na água, o azul do mar encheu nossos olhos, um silencio apaziguador e navegar as grandes ondas eram sensação de liberdade e pura aventura .

http://www.jornalorebate.com/95/Euzinha2007.jpgA tardinha sempre reverenciávamos o por do sol que nos brindava todos os dias com sua bola de fogo e Frixos de luz amarelo dourado. Uma noite destas, lá pelas seis da tarde, fomos os três para o cockpit e olhando as estrelas começarem a aparecer, Daniel me chamou a atenção para cinco delas que se moviam, ficamos observando por um bom tempo, talvez uma hora, depois elas pararam. Realmente não sei o que era, mas podem ser “discos voadores” nos dando uma canjinha. Para a rotina do barco funcionar, ainda em Jacaré preparei toda comida e colocamos no congelador, fomos tirando conforme a necessidade.

http://www.jornalorebate.com/95/GerryDaniel.jpgAs noites no barco Gerry e Daniel revesavam para ver se não vinham navios, barcos ou tempestades. De dia a mesma coisa e conforme o tempo mudava, tira vela e põe vela. No último dia alguns golfinhos acompanharam o barco por alguns momentos e pescamos um peixe delicioso, de carne vermelha que foi preparado para o jantar de aniversário de Mister Gerry, de sobremesa o esperado bolo e velinhas. Nesta mesma noite, um pouquinho antes de chegamos, tivemos aquela tempestade, o céu começou a ficar preto e carregado, não enxergávamos nada e tomamos aquele banho tentando ver o que vinha pela frente. Enfim, passou e deu tudo certo após o susto de última hora. Na manhã seguinte partimos para Korou, uma pequena cidade na Guiana Francesa…