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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Amazonia Francesa

Deixamos o veleiro ancourado nas águas de Korou e fomos fazer um passeio embrenhando as matas da floresta Amazônica Francesa. Nosso passeio começou esperando Leonel, proprietário do local, vindo nos buscar em seu carro, para nos levar até o ponto de partida para a Floresta. Fica a 38 km de Kourou. Chegando, junto com um grupo de 14 pessoas, todos jovens Franceses, navegamos pelo rio 1:30 hora em uma pirogue, canoa. Com paradas para observação de pássaros, flores, aranhas gigantes que fazem sua teia em cima da água e com direito a uma paradinha para nadar no rio. Margeando a floresta já ficamos encantados com muitos tipos diferentes de árvores e suas colorações, texturas, formas e tamanhos. Estas, de vez em quando se debruçavam sobre o rio, tornando a paisagem mais nteressante.



Depois deste passeio de barco paramos no local, descemos no pier e caminhamos até duas choupanas grandes, uma mais alta, onde dormimos, a 17 metros de altura. Dormimos em redes. Para minha surpresa o caseiro e a cozinheira eram brasileiros, Muitos Brasileiros atravessam a fronteira em busca de melhores salários (euros) e em busca da extração de ouro.

No primeiro dia, fomos fazer uma caminhada de 3 horas dentro da mata. Caminhamos contornando um rio, encontramos um jabuti, várias borboletas azuis fluorescente, duas tarântulas com diâmetro de mais ou menos 20 cm, sapos de diversas cores e diversos tipos de árvores e plantas. Nossa guia é filha de índios e foi nos explicando tudo e mostrando detalles que só mesmo uma conhecedora e amante da naturaza sabe. Nos mostrou uma planta de folhas grandes que os pode ser usada como papel higiênico pois é macia e felpudinha.


A noite antes de dormir, jantamos deliciosas iguarias brasileiras a luz de velas e Leonel nos presenteou tocando violão, zamponha e cantando músicas peruanas. Leonel é uma pessoa interessante com seu jeito especial, só anda descalço, ja o vi na cidade assim, tem cabelos compridos, usa um chapéu de feltro na cabeça, uma bermuda e fuma a verdinha o dia inteiro. Segundo dia, da choupana onde dormimos descemos, com equipamentos de tirolesa por uma corda de aço, para a mata. Uns 100 metros de distância. Fomos de encontro a uma árvore e fizemos rapel nela em 36 metros de altura, ficamos em uma pequena plataforma , umas três horas, observando pássaros, esquilos, pequenos répteis de papo amarelo e a copa das árvores balançarem com o soprar do vento. Foi o ponto culminante do passeio, em particular para nós dois que não tinhamos feito isto antes. Me deu medo mas me senti muito bem fazendo algo que exigiu bastante desprendimento e coragem. Descemos e novamente fizemos tiroleza até a choupana. Almoçamos e voltamos em uma linda tarde, com sol caindo por detras das árvores e a pirogue flutuando em águas espelhadas.

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